Famílias participaram, nesta quarta-feira (13), de audiência pública.
O primeiro documento será entregue ao governo no próximo dia 21.
Os dramas das famílias de bebês que
nasceram com microcefalia associada ao vírus da zika foram o tema principal de
uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco(Alepe), na manhã
desta quarta-feira (13). As mães dessas crianças apostaram na
oportunidade de cobrar do estado um posicionamento concreto. Elas ainda esperam
resultado prático e uma “atitude” do governo. Reuniões como essa vão facilitar
a elaboração de dois relatórios da comissão especial do Legislativo que
acompanha os casos de mlaformação no estado.
(Foto: Thays Estarque G1)
O primeiro relatório é parcial e será enviado ao estado no dia 21
de abril. O segundo está previsto para ser entregue em julho deste ano.
Na lista de queixas estão: a precariedade do atendimento no
interior, liberação do benefício pela Previdência Social, falta de
medicamentos e o atraso no resultado de exames. Além das reclamações, os
documentos contarão com propostas de melhorias nos serviços.
Para a presidente da União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares, a
situação é bem complicada. "É um absurdo. Se está ruim para quem vive na
Região Metropolitana do Recife imagina para essas mães que estão no interior.
Há bebês de quatro a seis meses que nunca passaram por um
neurologista. A criança fica convulsionando e nem a cidade dá um centro de
reabilitação e nem o estado disponibiliza transporte", declara.
A presidente da Comissão Especial de Acompanhamento aos Casos de
Microcefalia, a deputada Socorro Pimentel (PSL), alega que o colegiado vem
visitando os principais hospitais de referência de Pernambuco como o Cisam,
Oswaldo Cruz, Fundação Altino Ventura e AACD, há três
meses. O objetivo, segundo ela, é saber o que está sendo implantado pelo governo do estado.
meses. O objetivo, segundo ela, é saber o que está sendo implantado pelo governo do estado.
"Queremos levar propostas viáveis de suporte e melhores qualidades
de atendimentos para essas mães e seus filhos", comenta a deputada.
Quanto ao atendimento no interior, a parlamentar diz que a comissão
chegou a visitar a primeira, oitava e nona regiões de saúde. No entanto, pedirá
que a comissão seja prorrogada por mais três meses para acompanhar as outras
regionais.
"Nessa fase de prorrogação, a gente vai visitar a de Caruaru
(Agreste), Serra Talhada(Sertão) e Arcoverde(Sertão) para que a gente possa ver
as dificuldades que passam os gestores e essas mães de regiões mais distantes
do nosso estado. Queremos também puxar a responsabilidade para os
municípios", concluiu Pimentel.
De acordo com o promotor Édipo Soares, o Ministério Público de
Pernambuco (MPPE) vem acompanhando os casos desde novembro do ano parado,
quando foi percebida a epidemia das arboviroses e da associação da
microcefalia com o vírus da Zika. Por isso, os promotores adotaram uma postura
de fiscalização das ações de enfrentamento ao Aedes aegypt no estado e nos
municípios.
"Agora, precisamos ter um olhar mais humanizado para essas crianças
e famílias. Precisamos ficar atentos se os direitos delas estão sendo
atendidos. O dinheiro que está sendo investido no SUS está muito aquém do que
se precisa para garantir o princípio da universalidade de serviços"
DO G1 PE
Postar um comentário
Blog do Paixão